Os Quatro Tipos de Pessoas
Muitas vezes falamos sobre os quatro tipos de pessoas. Aquelas que nunca conhecem um ensinamento transcendente. Aquelas que conhecem, mas não reconhecem. Aquelas que conhecem, reconhecem, mas não conseguem realizar. E, por último, aquelas que conhecem, reconhecem e realizam.
Conhecer e reconhecer é uma oportunidade rara.
Também falamos muitas vezes que a Alma anseia por conhecer. Isso é ontológico, é a descida e o retorno. Esse conhecer é o próprio processo de retorno.
Quando a alma está presente, sentimos que temos um dever para com ela, uma dívida.
Quando a alma está ausente, o sentido de dever, essa pressão interna está sufocada.
O Mestre fala dos graus de consciência: Eikasia, Pistis, Dianóia e Nous.
Estes graus se relacionam com esse anseio da alma.
Para aqueles que estão em Eikasia, o anseio da Alma está sufocado pela materialidade, pelas paixões, pela emoção. Essas são as pessoas que normalmente não chegam a conhecer um ensinamento transcendente.
Para aqueles que estão em Pistis, o anseio da Alma está sufocado pelas crenças, pelas ideias, pelo intelectualismo. Essas são as pessoas que normalmente não reconhecem um ensinamento transcendente.
Para aqueles que estão em Dianóia, o anseio da Alma é ouvido, sentido. Essas pessoas normalmente conhecem e reconhecem o ensinamento. Mas pode faltar força, entrega, fé, e a pessoa pode acabar sendo levada pela entropia do mundo, caindo na materialidade, nas coisas do mundo, se perdendo em intelectualismos e até mesmo caindo mais e se entregando as paixões.
Quando existe força, entrega, fé a pessoa pode começar a realizar algo. Aqui a vontade da Alma venceu. Então ela entra em Nous. Essas são as pessoas que conhecem, reconhecem e realizam.
Se tudo isso parecer apenas mais ideia, apenas mais um conceito abstrato, então estamos em Pistis.
Cada Alma tem sua missão, segundo sua natureza. A Alma tem suas vontades, quer conhecer, quer realizar sua missão, quer expressar sua natureza, quer ser ela mesma. Esse sentimento de dever traz o significado para vida e passamos a viver para Alma.
Ninguém chega aqui se a Alma está ausente. Mas podemos ser levados pela entropia. Não deixemos que isso aconteça, não nos deixemos cair na entropia, ser arrastados por ela. Essa é uma oportunidade rara.
Que todos possamos manter esse sentimento de dever, esse fogo vivo e assim possamos realizar a vontade de nossas Almas.
Por Fabio Balota
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