A Urgência de Sairmos das Teorias

 

“Desiludido, portanto, dessas escolas de “sabem-tudo” me retirei o silêncio e à meditação; me dediquei plenamente ao desenvolvimento de meus próprios poderes internos, a fim de adquirir o conhecimento direto e me livrar de tantas teorias e de tantos insultos autoritários. E, depois de muitos e terríveis esforços, tive a felicidade, a imensa alegria, de despertar sobre o Altar da Iniciação. Foi então, que vim a me dar conta exata de que eu, Aun Weor, não necessitava para nada daquelas escolas, porque já havia passado em antigas reencarnações por todos os Mistérios Menores. Isso ocorreu no Egito, durante a dinastia do Faraó Kéfren, tendo alcançado o grau de Hierofante de Mistérios Menores. Dei-me conta que havia necessidade de abrir as santas portas da Igreja Gnósticas a toda a humanidade. E que também me tocava mostrar o perigo ao mundo. Compreendi que havia de ensinar a pobre humanidade doente a despertar o Kundalini, e, ao mesmo tempo, mostrar ao mundo os perigos da magia negra.” – (Aun Weor – O Matrimônio Perfeito ou A Porta de Entrada à Iniciação) –

No dia 27 de outubro, comemora-se em todas as comunidades gnósticas o dia do Advento do Logos Samael. Data na qual, em 1954, o ainda “Aun Weor” passaria a ser reconhecido em todo o mundo como sendo “Samael Aun Weor”.

O jovem mestre atingia deste modo o grau de Mestre, e deste modo dava início a uma longa jornada, onde colocava-se cada vez mais a serviço de toda a humanidade. Porém, “seu trabalho”, deu-se anos antes, e isto nos chama a atenção, pois é o momento exato no qual, como se dizia antigamente “a ficha caiu” para o Mestre…

O pequeno texto acima, demonstra claramente os objetivos e metas pelas quais, Samael Aun Weor iria batalhar por toda a sua vida… Mostra de forma direta a necessidade que todos temos em dar-nos conta de todo o nosso potencial, que carregamos internamente… Dos “poderes” que temos que desenvolver.

Nele, também encontramos um “procedimento” que devemos desenvolver e fortalecer: o “silêncio” e a “meditação” … ferramentas de trabalho que cada vez mais devemos fazer uso. O Mestre também nos mostra a urgência de sairmos das teorias e partirmos o quanto antes para a prática… Colocarmo-nos o quanto antes a executar tudo aquilo que recebemos através das aulas, dos livros, das conferências, e por que não, daquilo que descobrimos através de nossas reflexões e meditações…

É isso que o Mestre quer dizer com “me livrar de tantas teorias” … Este comportamento de nada nos auxilia, pelo contrário, só gera lastro, que nos mantém presos, estacionados em um ponto qualquer, impedindo o nosso caminhar.

Dar-se conta deste estado equivocado é, como ocorreu com o próprio Mestre, o primeiro passo na jornada rumo ao objetivo maior de todo gnóstico, pois somente assim, o caminhar se torna algo real, verdadeiro e não apenas uma “ilusão”, um enganar-se a si mesmo.

O texto também nos fala sobre os resultados deste trabalho árduo, contínuo, que exige de cada um “muitos e terríveis esforços”, lograrmos, se assim nos for permitido, “a felicidade, a imensa alegria, de despertar sobre o Altar da Iniciação”.

Por tudo o que o Mestre nos proporcionou, por seu trabalho e dedicação incondicional, agradecemos e desejamos que todo companheiro nesta jornada, logre avançar junto a ele, que sempre esteve presente…

Por Natalino Sampaio