A Constituição Espiritual do Homem
Para Pitágoras: “o Homem é um Ser que se desdobra em duas polaridades, de cuja união surge um terceiro princípio, e de cuja trindade emana um quaternário”.
Todos nós estamos muito identificados com o corpo físico, e as pessoas que não conhecem sobre espiritualidade acreditam que só esse corpo existe e acabou, não existindo nada além disso. Já aquelas que conhecem um pouco de esoterismo, ouviram dizer que há outros corpos, mas, em sua grande maioria, não vivenciaram essa realidade.
Existem algumas diferentes divisões que servem para diferentes fins. Encontramos em várias escolas, linhas e religiões a divisão entre corpo, alma e espírito, mas esses termos, muitas vezes, são meio abstratos ou vagos. Não sabemos, efetivamente, o que significa alma ou o que vem a ser o espírito.
Hoje temos consciência do plano físico, comum, de vigília. Conforme caminhamos, tomamos consciência dessas outras realidades, ou seja, passamos a existir de fato nesses planos, nesses espaços, conforme nós ascendemos a eles. Enquanto isso não acontece somos levados por tudo o que acontece, como num sonho.
A ciência admite a existência de realidades paralelas, presentes em todos os lugares ao mesmo tempo e ocupando espaços em mundos diferentes, sem interferência aparente sobre o homem.
Na gnose falamos de sete corpos: corpo físico, corpo etérico ou vital, corpo astral ou dos desejos, mental, corpo causal ou da vontade, corpo búdico ou da consciência e corpo átmico ou o íntimo.
Fazendo um paralelo com as esferas da Cabala temos: corpo físico – malkut, corpo etérico – linga sarira, corpo astral – hod, mental – netzach, corpo causal – tipheret, corpo búdico – geburah e corpo átmico – chesed.
Fazendo um paralelo os corpos na Teosofia temos: corpo físico – kha, corpo etérico – ba, corpo astral – khaba, mental – akhu, corpo causal – seb, corpo búdico – ptah e corpo átmico – atmu.
Os corpos “estão aqui e agora, coexistem e se interpenetram”. Podemos usar como exemplo a cebola para ilustrar o que são esses corpos, essas camadas, essas roupas dentro desses planos.
Numa pessoa comum, esses corpos são lunares, ou seja, não possuem organização, brilho.
A personalidade é o que dá a coesão, que amarra o quaternário: corpo físico, etérico, astral e mental.
Para que possamos captar essas realidades, precisamos usar o método das analogias, ou seja, essas chaves herméticas, tais como: “assim como é dentro, é fora”; “assim como é em cima, é em baixo”. Se perdermos esse sentido, não vamos entender nada. Vamos apenas racionalizar todas as coisas, enquanto não tivermos pelo menos uma experiência direta com um desses aspectos, princípios, corpos e realidades.
Não devemos olhar esses corpos com uma divisão: o corpo físico, depois, isoladamente, o corpo etérico, etc. Na realidade, não existe uma separação entre eles.
Para um melhor entendimento, os nossos pensamentos acontecem no corpo mental. As coisas que sentimos: os desejos, os impactos e as impressões, acontecem no corpo astral.