Formas Mentais
É senso comum que os pensamentos e sentimentos influenciam enormemente a vida das pessoas. Quando mudamos nossos pensamentos, mudamos a nós mesmos e quando mudamos a visão do mundo, mudamos a forma como nos relacionamos com ele. Entretanto, sabemos pouco sobre o pensamento, temos apenas uma noção vaga e superficial do que ele é, desconhecemos suas realidades internas.
Somos formados por sete corpos: corpo físico, esse em que estamos agora, que tocamos; corpo etérico, profundamente relacionado ao corpo físico, é o que traz vida e forma; corpo astral, onde vivem as nossas emoções, e está relacionado aos processos respiratórios; corpo mental, onde moram nossos pensamentos, ideias; corpo da vontade, a alma humana; corpo da consciência, a alma divina e corpo do ser.
Os corpos físicos, etérico, astral e o mental formam o quaternário inferior. Os Corpos da vontade, consciência e do ser são mais transcendentais, mais superiores. Na maioria dos seres humanos, os corpos superiores não estão plenamente formados ou encarnados.
As formas mentais estão relacionadas aos nossos pensamentos. Quando o pensamento vem associado à lembrança de algo, surgem sensações, sentimentos, imagens. Ao mesmo tempo, formam-se imagens que plasmamos sobre aquele pensamento.
De alguma forma, estamos sempre lembrando algo ou projetando uma realidade futura. Quando intencionalmente pensamos em algo e plasmamos uma imagem, chamamos de imaginação. A Imaginação é um esforço consciente e a fantasia algo inconsciente.
A experiência de perceber o pensamento começa quando se gera uma vibração e com isso plasma-se uma forma no mundo da mente.
A vibração se propaga por indução, que ocorre por ondas e faz com que as matérias que estão na proximidade, num raio de atuação dessa vibração, comecem a vibrar numa mesma sintonia, entrando em ressonância. Isso ocorre no mundo físico e nos outros mundos.
O pensador é como uma antena que emite ondas de pensamento, influenciando quem estiver em volta, se houver sintonia. Quanto mais forte e claro o pensamento, mais intenso é o poder de indução da vibração.
Somente entramos em ressonância ou em sintonia com quem temos alguma afinidade. Ao pensarmos, surge uma forma. A matéria que compõe essa forma é a matéria mental.
Os pensamentos estão sempre acompanhados de alguma emoção e algumas delas nos impactam mais intensamente, são mais perceptíveis, outras são mais suaves e, de certa forma, inexistentes quando pensamos em algo que não nos toca.
Quando temos um ideal, o impulso que gera esse objetivo vai permeando a nossa forma de pensar e ver o mundo, impactando na maneira de nos envolvermos emocionalmente com o mundo e isso se plasma em nossa vida fisicamente.
Quando pensamos alguma coisa, algo se cria, seja um pensamento forte, preciso, ou vago, que logo se dissolve sendo substituído por outras formas. Quando é mais forte, fica ecoando por mais tempo. Grupos de pessoas podem alimentar coletivamente formas mentais, plasmando assim o que é chamado de Egrégora.
Formas mentais fortalecidas e mantidas podem se cristalizar a ponto de criarem entidades vivas que aprisionam parte de nossa consciência e permanecem de uma vida para outra. Quanto mais o hábito se torna forte e mecânico, mais a situação de gatilho fará com que o pensamento, o sentimento e a ação se manifestem.
Às vezes, um hábito se reveste de formas diferentes, mas a essência, em termos de aprisionamento de alma, é a mesma. Quando adotamos o hábito de nos distrair, em vez de nos mantermos atentos, numa determinada vida, continuaremos nos distraindo em vidas posteriores, mas o objeto da distração pode ser diferente.
Quando surge um pensamento, não temos que fazer algo necessariamente. Uma postura interessante perante o pensamento seria observá-lo, percebendo aquilo em nós que, às vezes, queremos tornar próprio, mesmo quando o negamos.
Não se trata de negar o pensamento, nem de aceitá-lo, trata-se de perceber o que acontece quando o pensamento chega, pois apenas assim somos capazes de nos conhecer.
Os problemas não são mais do que formas mentais criadas pela mente e, dessa forma, eles deixam de existir quando a mente não os sustenta mais. Para resolvê-los, basta esquecê-los.
Temos três cérebros, que estão relacionados a três centros, que também estão relacionados às nossas experiências: centro intelectual (relacionado ao que pensamos); centro emocional (relacionado ao que sentimos) e centro motor (relacionado ao que fazemos).
Quando um centro está muito forte, com o pensamento muito atuante, temos que ativar outros centros, para tentar acalmar e enfraquecer o que está agitado, colocando mais atividade nos outros centros. Trabalhando com os centros conseguimos nos livrar de pensamentos que estejam nos atormentando, de problemas. Se estamos com um problema, podemos, por exemplo, dar uma volta na natureza. Assim, saímos do centro mental e vamos para os centros motor e emocional.